Sou esta mulher que vês por inteiro
Com defeitos tantos, permanentes
Ou passageiros,
Com desejos muitos, inconfessos
Ou conhecidos,
Com tantos momentos vividos.
Sou este ser exposto ao teu olhar
Com verdades tantas, doloridas
Ou suportáveis,
Com saudades muitas, contidas
Ou transbordantes,
Com tantos silêncios recolhidos.
Sou esta criança em corpo errado
Com segredos tantos, violados
Ou guardados,
Com vontades muitas, suprimidas
Ou realizadas,
Com tantos sonhos construídos.
Sou este ser forte/frágil que te olha;
Sou a mulher/criança que te sorri,
Que levanta e cai, sem medo,
Que se entrega e luta contra a maré.
Que se quer aceita e amada
Do jeito confuso, complexo que é.
Shirley Carreira
Lindo poema, Carla!
ResponderExcluirAssim somos nós mulheres...fortes e frágeis.
Esse ser capaz de ser tantas em uma única.
Beijos.