quinta-feira, 11 de julho de 2013

Espera


Trago nos olhos a sede infinita
De ver-te e, vendo-te, amar-te.
Trago nos lábios o beijo guardado,
Aqui, ardente, a esperar-te.
E quando vieres, não importa a hora,
Se cedo ou tarde, destarte
Encontrarás no meu corpo abrigo,
Ainda que chegues como quem parte.
Guarda meu olhar a lembrança
Dos teus contornos, nítida, rica.
Se partes de novo, deixas a imagem.
Imensa, a saudade fica.


Shirley Carreira

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