domingo, 12 de julho de 2009

Corpo de mulher


No corpo de cada mulher
Há uma morte silenciosa;
Em cada curva sinuosa,
Em cada concavidade oculta.
Em cada dobrar de tronco
Em cada gesto leve
Ou aceno de mão;
No corpo que arde
Sobre o branco lençol,
Que estanca na carne
O fluxo voraz da paixão.
No corpo de cada mulher
Há uma deusa escondida,
Que inebria, entontece,
Encanta e seduz.
No corpo de cada mulher reluz
O seu comando do tempo,
A sua milenar magia.
No corpo de uma mulher
Um homem renasce e morre
Todos os dias.

Shirley Carreira

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