Poema dedicado a um grande amigo, após uma longa conversa sobre suas esperas na vida.
O tempo em que vivo,
inscrito na história,
pautado em lembranças
e no momento presente;
é o que aprisiona,
que traz na memória
sentimento profundo
que não mais se sente.
Do passado, rastros e traços
a ferro marcados no pensamento.
No presente, a esperada surpresa,
a doação e a leveza,
a doçura e a loucura
de umanova paixão,
que me mova e entonteça,
que me arrebate e enlouqueça
e faça disparar o coração.
O tempo em que vivo
é tempo de espera,
mas não de imobilidade
ou completa inação.
É o tempo da vida, de fluxo e refluxo;
é o tempo do encanto,
de busca e sedução.
O tempo em que vivo
é aquele que invento:
tempo de espera
em movimento.
Shirley Carreira
13.12.2005
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