segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Voo

Vago, taciturna,
Entre o “talvez” e o “se”.
Vago, ave noturna,
Que voa para não sei onde,
Sem saber o porquê.

Na máquina, emperrada,
Deste mundo fechado,
Sou mais uma ave
A fazer revoada
Em trajeto ignorado.

Em um breve, inesperado,
Momento de revelação,
Vislumbro um mundo
Que nunca chegou a sê-lo,
Silenciosa, voo,
E desisto de entendê-lo.

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