De cada palavra
Que me surge
Como se fosse lágrima
Faço um segredo
De cada palavra
Que me surge
Como se fosse medo
Faço uma guerra
De cada palavra
Que me surge
Como se fosse fera
Faço um encanto
De cada palavra
Que me surge
Como fosse pranto
Faço silêncio.
Shirley Carreira
sábado, 29 de agosto de 2009
Em tua carne
Nessa tua carne
Habitam solitários
O sopro e o assombro
Do gesto omitido
A sépia e a seiva
De primavera enrustida
O aguardar lancinante
Do degelo.
Nessa tua carne
Residem incógnitos
A chama e a cinza
Do desejo elíptico
O rasgo e o sangue
Do amor suprimido
O sufocar constante
De um eu mal contido.
Shirley Carreira
Habitam solitários
O sopro e o assombro
Do gesto omitido
A sépia e a seiva
De primavera enrustida
O aguardar lancinante
Do degelo.
Nessa tua carne
Residem incógnitos
A chama e a cinza
Do desejo elíptico
O rasgo e o sangue
Do amor suprimido
O sufocar constante
De um eu mal contido.
Shirley Carreira
Poema devaneio
Trago um sonho no olhar.
Um sonho que canto em versos
e que nunca coube no universo
que existe fora de mim...
Trago na mente uma imagem
Que tem sido apenas miragem,
Oásis, refúgio, breve interlúdio,
Numa sinfonia árida sem fim.
Trago em mim uma esperança
Que se refugia, como criança.
Uma fantasia, que surge e se esconde,
E me habita não sei onde.
Shirley Carreira
Um sonho que canto em versos
e que nunca coube no universo
que existe fora de mim...
Trago na mente uma imagem
Que tem sido apenas miragem,
Oásis, refúgio, breve interlúdio,
Numa sinfonia árida sem fim.
Trago em mim uma esperança
Que se refugia, como criança.
Uma fantasia, que surge e se esconde,
E me habita não sei onde.
Shirley Carreira
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sonho
Em noites sem luar
Pequeno é o firmamento
Para a minha rima errante
Vago, o caminho que sigo,
Mas ´inda que tortuoso
Guarda algo de brilhante
Pois levo a poesia comigo.
E levo versos sem pompa
Mas plenos de alegria
Levo estrofes douradas
Pela minha fantasia
E se acaso não houver luar
Na noite do meu afeto
Haverá um poema quieto
Em pradarias deitado
Tendo o céu como teto
Shirley Carreira
Para a minha rima errante
Vago, o caminho que sigo,
Mas ´inda que tortuoso
Guarda algo de brilhante
Pois levo a poesia comigo.
E levo versos sem pompa
Mas plenos de alegria
Levo estrofes douradas
Pela minha fantasia
E se acaso não houver luar
Na noite do meu afeto
Haverá um poema quieto
Em pradarias deitado
Tendo o céu como teto
Shirley Carreira
Marcadores:
noite
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
No olhar
Guardo no olhar o desvario
Das madrugadas insones,
Os abismos das paixões intensas,
Os medos dos passos não dados.
Trago na fronte os traços
Dos desejos ocultos,
Na pele, o frêmito, o arrepio,
De conhecidos gestos.
Guardo em mim mesma
Promessa e desatino,
Atalho e labirinto
Poesia e desassossego.
Shirley Carreira
Das madrugadas insones,
Os abismos das paixões intensas,
Os medos dos passos não dados.
Trago na fronte os traços
Dos desejos ocultos,
Na pele, o frêmito, o arrepio,
De conhecidos gestos.
Guardo em mim mesma
Promessa e desatino,
Atalho e labirinto
Poesia e desassossego.
Shirley Carreira
Marcadores:
olhar
Nudez
Nua
Assim está minha alma
diante do universo.
Pura
Como o princípio
De todas as coisas.
Nua
Assim está minha mente
Diante dos mistérios
Lúcida
Como a consciência
De todas as eras.
Nua
Assim está minha pele
Diante de mim mesma
pronta
Como receptora perene
De todas sensações possíveis.
Shirley Carreira
Marcadores:
nudez
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
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