quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sem palavras





















Não canto meu amor por ti em versos,
Deixo que o façam os gestos
Que te acolhem em silêncio.
Não te faço elegias, nem canções:
No toque do meu corpo no teu
Há sinfonias em turbilhões.
Não necessito de palavras
Neste diálogo de olhares.
Aquilo que a língua lavra
Na seara dos sentidos
É tudo o que calo
E, ainda assim, falo,
em sussurros traduzido.

Shirley Carreira

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