domingo, 16 de junho de 2013

Bailado

Permita-me bailar em tuas fantasias
Com a suavidade e o encanto
De uma folha ao vento
Permita-me tocar o teu eu oculto
Que no teu silêncio
Percebo e ausculto.
Permita-me porque em traços
Teço aquarelas
Enquanto me enrosco
Em teu flanco,
E tranço luz e poesia
Em um mundo em preto e branco.
Permita-me porque danço
Em espiral, com ousadia,
Bailo no compasso
De estranhas melodias;
E se a dança por si só
Eterna não for
Há de ser o desvario
De um exercício de amor.


Shirley Carreira


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