Não queira me amar
Com o amor morno
De manhãs que nascem
Escondidas;
Ame-me com a ousadia
Das madrugadas
Que se querem longas
E recusam o amanhecer.
Não ouse querer-me
Com gestos comedidos
De quem pede licença;
Quero os arroubos
E a vontade imperiosa
De quem não tem limites.
Não ouse me amar
Com olhos tristes e sofridos
Como quem parte e se perde.
Quero a alegria de quem fica
E, sabendo por que fica,
Permanece.
Shirley Carreira©
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